Se te perguntarem qual o ser mais evoluído do Planeta Terra, qual seria a tua resposta? Acredito que a maior parte da população responderia que os seres mais evoluídos que existem no nosso Planeta somos nós, os seres humanos. Mas será mesmo?
De todos os seres, nós os humanos, não somos os que melhor nadam, não somos os que melhor enxergam ou ouvem, não saltamos melhor, não somos os mais fortes, não voamos e muito menos somos os que vivem mais.
Normalmente a justificativa então se daria por sermos os seres mais racionais, mais inteligentes, mais organizados, que conseguimos viver melhor em sociedade. Entretanto é só abrir esse jornal e ver as notícias que nos cercam, é sair para rua e ver os costumes das pessoas, a dificuldade de seguir regras básicas, como as normas de trânsitos ou o bom senso de jogar o lixo em local apropriado, que vem a dúvida: será que somos mesmos os seres mais evoluídos do nosso planeta?
Nos últimos anos, tenho estudado sobre os hábitos das pragas urbanas e quanto mais esboço sobre elas, mais fico fascinada com a inteligência das mesmas.
Uma das que mais prendem a minha atenção são as formigas, esses insetos sociais vivem em sociedade onde cada uma trabalha para todos os membros da colônia e não somente para si mesma. Cada colônia é constituída por três formas distintas: as rainhas, os machos e as operárias. As rainhas se distinguem das demais por serem maiores, viverem mais e serem aladas, o que significa que possuem asas no período reprodutivo. Machos e rainhas são produzidos na colônia em grande número, geralmente na primavera, quando saem dos ninhos e realizam o vôo nupcial. Logo após o acasalamento, o macho morre e a rainha elimina suas asas, encontra um local para construir o ninho e colocar os ovos, após isso ela nunca mais sai da colônia, sendo as operárias responsáveis por realizar todo o trabalho da colônia: construção e defesa do ninho, cuidado com a prole, coleta de alimento, entre outros. A comunicação entre as formigas é realizada através de substâncias químicas chamadas de feromônios. Com suas antenas, elas detectam feromônios deixados nas trilhas, ao redor do formigueiro, ou presentes no corpo de outras formigas. Dessa forma, são capazes de reconhecer umas às outras, encontrar caminhos que levam até a fonte de alimento e alertar a colônia sobre ameaças ou presença de predadores.
As formigas que habitam áreas urbanas, vivendo em jardins ou mesmo no interior de paredes e muros, podem representar problemas para nós seres humanos, plantações inteiras já foram perdidas devido ao ataque desse inseto, causando grandes prejuízos econômicos. Além disso, as mesmas são responsáveis pela disseminação de uma série de doenças. Por esses motivos que elas podem e devem ser combatidas, mas também poderiam servir de exemplo e de reflexão para evoluirmos como pessoas e sociedade.