Há algum tempo venho utilizando esse espaço para escrever sobre a importância do controle de pragas urbanas, uma vez que elas causam uma série de prejuízos, especialmente na saúde. Já foi citado os problemas estomacais causados por baratas, recentemente comentei a epidemia de Dengue que o Rio Grande do Sul segue enfrentando e que matou mais de 130 pessoas só esse ano, mas o foco agora passou a ser outro, a leptospirose.

Segundo o ministério da saúde a leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. Sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.

Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dor muscular, principalmente nas panturrilhas, falta de apetite e náuseas/vômitos. Geralmente, a leptospirose é tratada com o uso de antibióticos, sendo necessária a internação hospitalar em alguns casos, uma vez que a doença pode levar a complicações nos rins, fígado, pulmões e até mesmo resultar em óbito.

Como tudo na vida o segredo é sempre prevenir do que remediar, então devemos ficar atentos a alguns cuidados. O principal seria evitar o contato com água ou lama de enchentes, o que considerando como nossa região foi largamente afetada pelas cheias torna-se difícil mantermo-nos afastados da nova realidade, então o recomendado é utilizar os equipamentos individuais de seguranças específicos como luvas de borracha, botas de borracha, máscaras e óculos de proteção quando tivermos contato com algum resíduo das cheias. Além disso, na hora de limpeza, se faz imprescindível desinfetar o local que foi inundando utilizando uma mistura de água + hipoclorito de sódio.

Mas mais do que isso, o importante seria nos conscientizar que é essencial manter a responsabilidade ambiental, mesmo em momentos de caos como esse. Devemos seguir vigilantes e fazendo a nossa parte para reduzir as incidências dessas pragas e consequentemente seus prejuízos. Logo se faz necessária continuar com o correto acondicionamento e destino do lixo doméstico, com a manutenção em dia dos nossos sistemas hidráulicos e elétricos, descartar corretamente materiais inutilizáveis, realizar desratizações assim que verificado a presença desses seres indesejados, assim como continuar cobrando da parte pública soluções inteligentes e eficazes de saneamento.